sexta-feira, 1 de maio de 2009

[WEB] Podcast


Os programas criados para empresas abrem um novo nicho de serviços

Com um bom computador, um microfone, um software de edição e outro de compressão de áudio, qualquer amador produz podcasts. Mas quando o programa carrega o logotipo de uma empresa, entra em ação um esquema profissional, com direito a vinhetas, efeitos sonoros e uma produção de primeira. É para atender a essa demanda que produtoras de áudio e de vídeo estão investindo na criação de podcasts para o mercado corporativo.

Em geral, não são empresas novas, criadas exclusivamente para fazer podcasts. Aproveita-se a infra-estrutura básica disponível — estúdios, micros e programas — para produzir os podcasts. Será que é uma boa? “Já dá para ganhar dinheiro com podcast no Brasil”, afirma o DJ paulista Billy Umbella, um dos precursores do uso dessa ferramenta no país. “As empresas perceberam que o podcast é uma mídia barata e eficiente, que permite atingir diretamente o público-alvo de seus produtos”, diz.

Billy criou seu primeiro podcast em abril de 2005. Hoje, produz programas para o Masp (Museu de Arte de São Paulo), o preservativo Affair (da DKT), a Heineken e a Volkswagen. Tem cinco pessoas dedicadas a essa atividade. A tecnologia fica por conta de um Pentium 4 de 3 GHz, com 2,8 GB de RAM, dois HDs de 120 GB, placa de som externa (da DigiDesign), além de mesa de som com compressor de voz, masterizador, microfone profissional e software multipista, para a montagem do programa, e de finalização de áudio. O aparato já era utilizado na produção de jingles, trilhas, vinhetas, programas de rádio e sonorização de vídeos.

Na paulista Módulos, o podcast também foi adicionado aos serviços de produção e streaming de vídeo digital. “É um novo jeito de distribuir treinamento, palestras e documentos”, afirma o sócio José Francisco Neto. A produtora fez o seu primeiro podcast — na verdade, um videocast — há cerca de um ano, para o site do padeiro e apresentador Olivier Anquier, que levou as receitas de seus programas de tevê para o iPod.

A Módulos usou a mesma infra-estrutura montada para a criação e transmissão de vídeo via web. Isso inclui um Mac Pro, câmeras de vídeo digital profissionais, software de edição de vídeo Final Cut, da Apple, além de seis servidores Macintosh e Windows. Segundo Francisco Neto, a produção para a internet representa 30% do faturamento da empresa.

Qual é o investimento?

Criada especificamente para produzir podcasts — o primeiro foi ao ar em abril de 2005 —, a PodCasting Brasil tem vários clientes corporativos. Na lista estão empresas como a Amil, a construtora Cyrela, a rede Atlantica Hotels, a ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) e o apresentador Amaury Jr. São 30 canais ao todo — próprios e dos clientes — e cerca de 1 500 programas publicados.

Para entrar nesse mercado, a PodCasting Brasil investiu algo em torno de 25 a 30 mil reais. O valor incluiu a compra de computadores Pentium 4 e Macintosh, de programas de edição (Adobe Audition, da Adobe, Sound Forge, da Sony, e Vegas Pro, da Sonic Foundry) e a montagem de dois estúdios de gravação — um fixo e um móvel —, com mesa de som e microfones profissionais. “Além disso, estamos investindo em um sistema de publicação próprio, desenvolvido internamente, a partir da ferramenta de código livre WordPress”, diz o diretor-geral, Raul Medici Ferreira.

A equipe da PodCasting Brasil tem dez pessoas, incluindo editores de áudio e de vídeo, jornalistas, pessoal de produção e de tecnologia. Nesse caso, a principal exigência é um bom conhecimento de PHP, MySQL e Apache. Ferreira não revela o faturamento, mas diz que a empresa está começando a dar lucro. “Nos primeiros seis meses, só conseguimos pagar os salários e as contas de água, luz etc.”, afirma.

Podcast no celular

A disseminação dos podcasts também fisgou a Compera, empresa de tecnologia que fornece serviços para celulares. “No Brasil, a penetração do podcast não é tão grande quanto nos Estados Unidos”, afirma Fabrício Bloisi, presidente da empresa. “O celular pode ser uma forma de expandir o uso do podcast e de torná-lo economicamente viável, já que o download é pago”, diz.
Por isso, a Compera investiu cerca de 200 mil reais no desenvolvimento de uma plataforma específica de podcast para celulares — que inclui um software que converte os conteúdos da web para os dispositivos móveis. Essa plataforma está sendo utilizada nos serviços de podcast lançados no país por duas operadoras — a TIM e a Oi.


Arsenal de tecnologia

A estrutura recomendada para produzir podcasts profissionais

1. Pentium 4 ou Macintosh G5, com mais de 1,5 GB de RAM e dois HDs (um só para arquivos de áudio)
2. Placa de som externa de boa qualidade (M-Audio, da Avid, ou Digi 002, da DigiDesign, por exemplo), USB 2.0 ou Firewire
3. Mesa de som com pelo menos quatro canais de áudio independentes (tipo EuroRack, da Behringer, ou O2R, da Yamaha)
4. Um microfone de boa qualidade, de preferência condensador (Sennheiser, Neumann, Shure ou similar)
5. Um compressor para voz (da Behringer, por exemplo)
6. Um par de monitores de referência (Yamaha, JBL ou similar)
7. Uma cabine com tratamento acústico
8. Um software multipista, para a montagem do programa (Pro Tools, Logic Audio, Cubase ou Sonar)
9. Um software de finalização de áudio (Sound Forge, WaveLab ou similar)
10. Banco de efeitos, loops e vinhetas.

por: Rosa Sposito
em: Info ON-Line

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O Curso

O Curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas das Faculdades Integradas Simonsen - FIS, é um curso presencial, reconhecido pela Portaria 1.003 de 12.07.1993 (D.O.U. 13.07.1993), com carga horária mínima de 2.334 horas, que poderão ser cumpridas em no mínimo 03 anos (06 semestres letivos) e foi recentemente aditado pela Portaria nº 281, 29 de setembro de 2009, publicada no D.O.U nº 188, de 01 de outubro de 2009, Seção 1, página 19.
Os graduados nos Cursos Superiores de Tecnologia denominam-se tecnólogos, são profissionais de nível superior com formação para a produção, inovação científico-tecnológica e para a gestão de processos de produção de bens e serviços.

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