De acordo com levantamento da e-bit, empresa especializada em informações de comércio eletrônico, o destaque ficou para o aumento da participação de varejistas de pequeno e médio porte. Eles ganharam 37,26 milhões reais a mais em relação ao primeiro trimestre de 2008.
O que chama a atenção, no entanto, é a migração do consumo das grandes corporações para o chamado “long tail”. Pequenas e médias empresas, que em 2008 representavam 8,07% das vendas, foram as únicas que aumentaram sua fatia de mercado e encerraram o primeiro trimestre com 9,69% do total. O faturamento passou de 185,61 milhões de reais para 222,87 milhões de reais.
“O comercio eletrônico, de uma forma geral, tem evoluído em termos de serviço prestado ao consumidor”, acredita Pedro Guasti, diretor-geral da e-bit. “Como a barreira de entrada é menor, há um volume grande de investimentos mais baixos, mas que não abrem mão da qualidade”. Outro fator que tem beneficiado as pequenas são ferramentas, como sites de busca e comparação de preços, que permitem que elas sejam encontradas por aqueles que não conhecem a marca.
Apesar dos números, o Brasil ainda está longe de países como os Estados Unidos, onde o market share das maiores empresas não passa de 25%. “Lá, a presença no mundo virtual é maior, pois chega a gerar até três vezes mais faturamento nas vendas presenciais que nas online”, diz Guasti.
Para o diretor, o primeiro desafio nacional é educar o consumidor para as compras à distância: “O Brasil nunca teve uma cultura de catálogo, então é natural que haja uma insegurança maior das pessoas por não poderem ver ou levar na hora os produtos. Mas, ao que tudo indica, essa mudança é mesmo somente uma questão de tempo.”
Participação no Mercado
| Diferença p.percentuais
| ||
1o. Tri2008
| 1o. Tri2009
| ||
Top1 | 42,77%
| 36,32%
| -6,45%
|
Top10 | 76,97%
| 73,32%
| -3,65%
|
Top20 | 85,65%
| 83,53%
| -2,12%
|
Top50 | 91,93%
| 90,31%
| -1,62%
|
Long Tail | 8,07%
| 9,69%
| 1,62% |
Fonte: e-bit Informação e CVM - Comissão de Valores Mobiliários
*Vendas de bens de consumo (B2C) exceto veículos e serviços (ingressos, turismo, passagens aéreas e leilão virtual)
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