terça-feira, 16 de junho de 2009

[TECNOLOGIA] Lei de Moore

Gordon E. Moore, um dos fundadores da Intel: ele dá nome à Lei

A empresa iSuppli, especializada em inteligência de mercado, divulgou hoje que o fim da famosa lei que rege o mercado de semicondutores será em 2014.

O princípio afirma que o número de transistores que podem ser colocados em um circuito integrado dobra a cada 18 meses. Batizada em 1965 em homenagem a seu criador, Gordon E. Moore, um dos fundadores da Intel, a lei é válida até hoje graças à produção de dispositivos cada vez menores.

Mas com essa redução no tamanho dos chips, há algum tempo se especula quando se alcançará o limite físico dos semicondutores. De acordo com a pesquisa, tal limite se dará quando os processadores que utilizam a atual tecnologia ficarem menores que 20 nanômetros, o que deve ocorrer em 2014 – se seguirmos no mesmo ritmo.

“Todo o funcionamento dos processadores tem a ver com a corrente elétrica, que acontece devido ao movimento dos elétrons no material : passar ou não uma corrente corresponde aos sinais de 0 e 1 e, para isso, é preciso conseguir bloquear a passagem de elétrons”, explica o professor Edison Zacarias da Silva, Doutor em Física pela Unicamp. “À medida que se diminui a estrutura de silício, ou camada isolante, ela se torna tão pequena que os elétrons começam a passar e ela perde a sua função. O limite da lei de Moore é esse, e inviabilizaria os atuais processadores”, completa.

O professor ressalta, no entanto, que este fim é referente às estruturas baseadas em silício, o elemento que serve de base para toda a indústria de processadores modernos. Uma das alternativas estudadas seria substituir o óxido de silício utilizado nas placas por óxido de outro material menos permeável, ou seja, um material que, mesmo a uma distância tão pequena, não deixasse passar elétrons.

“Se mudarmos o material podemos conseguir que, mesmo com distâncias menores, ainda se mantenha o isolamento”, diz Zacarias. A dificuldade de substituição do óxido, no entanto, está em encontrar um material que também combine com o silício.

Outra solução seria substituir de vez o próprio silício por outra substância. Já estão sendo feita tentativas, como a de se construir dispositivos com nanotubos de carbono ou com pequenas moléculas. “Mas tudo isso ainda está muito no começo…”, conclui o professor.

por: Paula Rothman, de INFO Online

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