sábado, 11 de setembro de 2010

[WEB] Flash vs HTML5

A tecnologia Flash é usada em grande parte dos sites atuais. Segundo a Adobe, ele está em 75% dos vídeos na internet, 70% dos jogos online e em quase todos os 100 maiores sites da rede. Até agora nada parecia conseguir abalar essa enorme supremacia, mas as coisas mudaram e o futuro desta tecnologia está cada vez mais nebuloso com duas ameaças reais.
Começou com a Apple, fabricante dos dispositivos portáteis mais usados no mundo, e continuou com o HTML 5, novo padrão de páginas de internet que está sendo implantado neste exato momento, com previsão de término em 2012.

Será que o HTML 5 e a Apple vão acabar com o Flash?

O guru e presidente da Apple, Steve Jobs, nunca escondeu seu desprezo pelo Flash. Milhões de desenvolvedores ficaram surpresos souberam que nem o iPhone nem o iPad ofereceriam suporte para o Flash. A explicação de Jobs, em uma polêmica carta divulgada em abril de 2010, é que a plataforma da Adobe funciona bem em desktops e notebooks, mas não em smartphones e tablets, que se trata de uma solução ao mesmo tempo fechada e proprietária, que traz problemas de segurança, prejudica a performance dos aparelhos, consome muita bateria, não funciona direito com telas sensíveis ao toque e restringe inovações em aplicativos.

Existe muita expectativa sobre a adoção do Flash no iPad, no iPhone e no iPod Touch, dispositivos responsáveis por boa parte do acesso móvel à internet. A Apple, contudo, acabou de vez com qualquer esperança. Segundo a empresa, o Flash tornou-se dispensável, ainda mais pela chegada do HTML 5 em combinação com as folhas de estilo CSS 3, SVG e JavaScript, que permitem desenvolver muitas das coisas que apenas o Flash era capaz de fazer e, para Jobs, sem vários dos problemas causados pelo Flash.

HTML 5 no caminho do Flash?

A nova linguagem HTML 5 trará novos comandos que farão praticamente tudo o que flash faz, só que de maneira nativa e sem necessidade de instalar plugins no browser. Os principais obstáculos do Flash, portanto, são as tags canvas, video e audio do HTML 5.

A tag canvas primeira permite criar animações a partir do código HTML. Com isso, ficará mais fácil desenvolver sites repletos de recursos gráficos, com a vantagem de que poderão carregar mais rapidamente. As tags video e audio permitem que os navegadores rodem vídeos online ou reproduzam músicas sem recorrer a plug-ins, o que também tornará o processo mais rápido e seguro.

O que está salvando o Flash é que ainda existem obstáculos para a adoção plena do HTML 5. O primeiro problema é que o HTML 5 ainda não está pronto e vai demorar pelo menos 2 anos até entrar plena e oficialmente em vigência segundo os padrões da W3C, organização que determina e regulamenta os padrões a serem seguidos na internet.

Embora ainda leve tempo até o anúncio oficial do lançamento do HTML 5 pela W3C, as tags video, audio e canvas já podem ser usadas. O problema é que, sem a padronização a ser feita pela W3C, o HTML 5 ainda não é suportado totalmente por nenhum navegador. As versões em desenvolvimento do Chrome (6.0) e do Firefox (4.0), o Safari 5.0 e o Opera 10.60 têm o grau mais alto de compatibilidade com os novos padrões, mas ainda não atingem 100%. O browser mais usado, o Internet Explorer, é o que tem a menor compatibilidade com o HTML 5 e isso só deve mudar na versão 9.0.

Um dos problemas para os desenvolvedores dos navegadores é que não existe acordo sobre os codecs de vídeo e áudio que devem ser adotados. Os padrões abertos Ogg Theora/Ogg Vorbis e o WebM — que inclui os codecs VP8 e Ogg Vorbis e é apoiado por Google, Mozilla e Opera, entre outros — competem com os proprietários H.264/AAC, defendidos pela Apple. Enquanto não houver consenso, um site que queira adotar as tags terá de trazer vídeo e áudio codificados em cada um dos formatos concorrentes.Com seu enorme peso a Microsoft poderia pôr fim à disputa mas, recentemente, “deu a entender” que o Internet Explorer 9 suportará tanto o VP8 como o H.264. Sem uma definição, a plataforma Flash da Adobe ainda continuará por um tempo como o único padrão universal de animação.

Usar ou não usar o Flash nos novos sites?

Nesse período de transição será difícil abandonar o Flash mas, ainda que essa mudança demore, trata-se de um processo inevitável. Em algum momento todos as tecnologias usadas nos browsers devem convergir, já existem sites em HTML 5 que fazem coisas que o Flash não consegue, e a adoção ainda não é completa porque não existe garantia de compatibilidade com todos os navegadores, o que pode atrasara a adoção do HTML 5 em sites críticos como os dos bancos e das redes sociais.

Devido à enorme presença do Flash na web, é difícil alguém achar que esta tecnologia esteja sob um grande ataque, mesmo que seja indireto como o do HTML 5 ou direto com o da Apple. Segundo a Adobe, o Flash tem mais de 3 milhões de desenvolvedores ao redor do mundo, não é uma comunidade que vá desaparecer de uma hora para a outra. Entre os motivos da popularidade do Flash, estão as inovações que a plataforma trouxe. Quando a web era apenas formada por texto e imagens estáticas, o Flash trouxe as animações, depois acrescentou os vídeos e a evolução continua, com a chegada do suporte a gráficos 3D e outras novidades que estão a caminho. Mesmo na área de dispositivos móveis, onde o Flash foi abandonado pela Apple, é preciso admitir que o Flash roda muito bem nos competidores do iPhone, que rodam com base na plataforma Android da Google. Vários fabricantes de smartphones como RIM, Nokia e Sony Ericsson estão criando aparelhos que suportam Flash e as análises dos comentaristas internacionais têm sido positivas.

Em suma...

Assim, brigas de grandes corporações à parte, no final das contas quem vai mesmo decidir os rumos do Flash serão as pessoas que usam a internet e as que desenvolvem sites. Cabe a nós, consumidores, desenvolvedores e navegadores da internet, ficar atentos aos acontecimentos para não comprar ou manter equipamentos ultrapassados, que possam ficar obsoletos em pouquíssimo tempo, uma vez que as coisas estão mudando muito rapidamente.

por: Revista PnP

Nenhum comentário:

O Curso

O Curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas das Faculdades Integradas Simonsen - FIS, é um curso presencial, reconhecido pela Portaria 1.003 de 12.07.1993 (D.O.U. 13.07.1993), com carga horária mínima de 2.334 horas, que poderão ser cumpridas em no mínimo 03 anos (06 semestres letivos) e foi recentemente aditado pela Portaria nº 281, 29 de setembro de 2009, publicada no D.O.U nº 188, de 01 de outubro de 2009, Seção 1, página 19.
Os graduados nos Cursos Superiores de Tecnologia denominam-se tecnólogos, são profissionais de nível superior com formação para a produção, inovação científico-tecnológica e para a gestão de processos de produção de bens e serviços.

Faculdades Integradas Simonsen