[BANCO DE DADOS] Padronização

Padronização de um banco de dados

É sempre importante manter um padrão para o nome dos objetos, colunas e outros elementos. Mesmo que você trabalhe sozinho em um projeto, é bem provável que no futuro outras pessoas tenham que atualizar aquilo que você fez.

Tabelas e Colunas

Imagina-se que, quanto mais claro for o nome da entidade, por exemplo, melhor será para a pessoa entender o que está armazenado ali. Por exemplo, se eu identifiquei uma entidade que armazene informações de um veículo, devo dar-lhe o nome de VEICULO.

Se há atributos importantes para serem mantidos, como cor, modelo, ano de fabricação, ano do modelo e montadora, deve-se colocar esses nomes nas colunas.

Outro ponto importante é especificar a classificação do dado junto com o nome. Assim se a cor do veículo fizer referência a uma tabela de cores e, portanto eu for armazenar o código da cor, é comum utilizar-se CD, ou COD ou COD_, antes do nome. O nome do campo ficaria COD_COR, por exemplo.

PADRONIZE AS COLUNAS

CLASSIFICAÇÃO	OPÇÃO 1	OPÇÃO 2
CÓDIGO	COD	CD
NÚMERO	NUM	NR
DESCRIÇÃO	DES	DS
NOME	NOM	NM
DATA	DAT	DT
VALOR	VAL	VL
QUANTIDADE	QTD	QT
SIGLA	SIG	SG
DOMÍNIO	DOM	DM

OBSERVAÇÃO: Para evitar problemas é interessante não utilizar acentos (´ , ^, ~), ou Ç, ou ainda caracteres especiais para definir nomes de colunas ou tabelas . Isso porque, existem sistemas gerenciadores de banco de dados não aceitam esses dígitos.

Tipos de Dados

A definição dos tipos de dados também exige padronização. Parece óbvio que um atributo que receberá apenas conteúdo numérico deva ser definido como NUMBER, DECIMAL, INTEGER, FLOAT, ou qualquer outro tipo que seja otimizado para este fim. No entanto, há algumas observações a considerar nessa escolha.

O tipo de dado numérico, de um modo geral, possui mecanismos que fazem com que as buscas sejam mais rápidas do que as que ocorrem em colunas alfanuméricas. Ele também ocupa menos espaço físico para armazenamento.

O ideal então é que, chaves primárias e estrangeiras sejam definidas por campos numéricos.

A maioria dos gerenciadores de banco de dados trabalha com dois tipos de dados alfanuméricos principais. CHAR e VARCHAR. O primeiro utiliza todo o espaço especificamente, enquanto que o segundo é variável, usando no máximo, o espaço predeterminado. Isso faz com que o segundo, por utilizar apenas o espaço físico efetivamente ocupado pelo conteúdo, otimize o armazenamento e não deixe buracos nos conteúdos. No entanto, na utilização do VARCHAR para um conteúdo que seja alterado com freqüência, a atualização poderá gerar uma fragmentação da informação. Isso porque, quando incluído, o conteúdo ocupou um espaço e, depois de uma alteração para maior, quando não há espaço na seqüência, será colocado em outro espaço físico do disco.

Campos que armazenam datas devem ser definidos dessa forma para facilitar operações de busca e até mesmo operações matemáticas entre elas. Já para conteúdos muito grandes, como arquivos XML, imagens, sons deve-se utilizar o LOB.

Tamanho do Campo

Definir o limite de um campo é complicado. Você pode, por exemplo, definir em 50 o tamanho de campo que vai armazenar um nome de uma pessoa. Na prática, o usuário quer cadastrar um nome que tem 55 caracteres, não conseguirá e dirá que seu programa tem um bug terrível e chamar você para consertá-lo somente por causa desse cinco caracteres. Para evitar problemas desse tipo, defina um número maior que o normal – no caso, pode ser 70.

Referências:

Info Exame Banco de Dados / Coleção 2006.

SILVA, Edson Marchetti da.MODELAGEM DE DADOS NO CICLO DE VIDA DE UM SISTEMA.

Autor: André Ottoni em: www.marcotulio.net e www.marcotulio.net